Ponto de Vista de , De Vincenzo.

 

  De Vincenzo

Aproveitando que o 76-Xico falou, de passagem, na teoria os grandes números, vou comentar um pouco sobre ela.

A primeira coisa a ser dita sobre ela é que todos os apostadores deveriam conhecê-la, pois ser apostador e não conhecer a teoria dos grande números é semelhante a ser analfabeto e escritor ao mesmo tempo.

Mas mesmo muitos dos que conhecem a teoria, não a entendem corretamente, porque ela não é muito óbvia, ao contrário, ela exige que a pessoa saia um pouco da casinha para entendê-la corretamente, que faça uma boa abstração.

O apostador vê uma distribuição de números sorteados, por exemplo de 01 a 60 e nota que quase todos eles têm uma quantidade parecida de vezes que foi sorteado, daí ele concluí, erroneamente, que há um revezamento com algum grau de organização entre os números sorteados.

Em seguida, ele conclui, mais erradamente ainda, que se um número ficar "atrasado" na distribuição, ele logo sairá, então ele começa a perseguir o número, ou o evento.

Isso é super comum, milhares, ou milhões de apostadores, usam, erroneamente, essa teoria falha.

A primeira coisa a aprender é que a ciência mostra, claramente, que sorteios são eventos independentes, ou seja, um sorteio não tem nenhuma, NENHUMA, ligação com os sorteios anteriores, ou posteriores a ele, não passando de coincidências fatos que gerem ligações entre os sorteios.

Mas os que acreditam que um sorteio está condicionado aos anteriores pensam que haja uma "força estranha" que os une. Não há nadica de nada.

Então, como que com o tempo a distribuição dos números vai ficando mais, ou menos igual, para todos os números, se não houver essa força estranha?

Vamos começar do começo.

Pegue 100 sorteios da Mega.

Nesse caso foram sorteados 600 números entre os 60 possíveis.

Olhe a distribuição deles.

Você poderá ter número que não saiu uma única vez e ter número que saiu 15 vezes, ou mais nos 100 concursos.

Ou seja, a distribuição esperada seria algo em torno de 10 vezes para cada número, mas vai ser muito diferente disso.

Continuando.

Agora passamos para 1.000 sorteios, em vez de 100 sorteios.

Será quase impossível, mas ainda possível, algum número não sair pelo menos uma vez e também será quase impossível algum número sair mais de 30 vezes.

Vamos em frente.

Agora com 10.000 sorteios.

Em 10.000 sorteios quase que dá para garantir que nenhum número ficará sem ser sorteado e também nenhum número será sorteado mais que 300 vezes.

Vamos a um milhão de sorteios.

Não preciso nem repetir as possibilidades, né?

E o que vai acontecendo com o tempo, com o crescimento dos números, daí ser a teoria dos grandes números?

Vai acontecendo que a diferença entre eles vai diminuindo em relação à quantidade de eventos, até se tornar insignificante.

Vamos supor que em 1 milhão de sorteios o número que mais saiu entre 1 e 60 tenha sido o 30, que saiu cerca de 30 mil vezes e o número que menos saiu tenha sido o 60, que saiu só 10 mil vezes.

Aí temos mais um sorteio.

Vamos supor que os 2 números saíram, então passaram a 30001 e 10001 e que diferença isso fará em seus estudos?

Viu como é tudo uma grande bobageira humana?